Microformatos, internet móvel, e quem ainda não entendeu nada.

Voltei ao Bloglines para me colocar em dia com o que aconteceu no mundo enquanto eu estava imerso num projeto. Encontrei dois interessantes posts do SemJanelas.net. O primeiro, Yahoo! Local Suporta Microformatos, considero uma excelente notícia. A adesão do Yahoo! pode ajudar muito a popularizar os microformatos, e todos nós ganhamos com isso. Então, vamos

Voltei ao Bloglines para me colocar em dia com o que aconteceu no mundo enquanto eu estava imerso num projeto. Encontrei dois interessantes posts do SemJanelas.net.

O primeiro, Yahoo! Local Suporta Microformatos, considero uma excelente notícia. A adesão do Yahoo! pode ajudar muito a popularizar os microformatos, e todos nós ganhamos com isso.

Então, vamos ao be-a-bá. Se você ainda não entendeu, nós podemos ajudar. A idéia é simples, você coloca um trecho de código assim no seu site:

`Voltei ao Bloglines para me colocar em dia com o que aconteceu no mundo enquanto eu estava imerso num projeto. Encontrei dois interessantes posts do SemJanelas.net.

O primeiro, Yahoo! Local Suporta Microformatos, considero uma excelente notícia. A adesão do Yahoo! pode ajudar muito a popularizar os microformatos, e todos nós ganhamos com isso.

Então, vamos ao be-a-bá. Se você ainda não entendeu, nós podemos ajudar. A idéia é simples, você coloca um trecho de código assim no seu site:

`

E eu também, e pronto, temos um formato padronizado. Posso agora fazer um programa, como uma extensão do Firefox, que leia desse formato e, por exemplo, crie um banco de dados para mim ou insira estes contatos no Outlook. Veja, por exemplo, esta aqui, que usa XSL para ler os dados. Curiosamente, quando comecei a ler sobre microformats, logo pensei em XSL.

Naturalmente, quanto mais gente usar microformats, mais úteis eles são. Por isso, a notícia de que cada profile do Flickr é também um hcard pronto para que você crie aplicações com isso é muito interessante.

O segundo chega a ser engraçado: W3C: Melhores Práticas pra Web Móvel (e Confusão do IDG Now!). Engraçado e ao mesmo tempo entristecedor. É impressionante a quantidade de vezes que ouço falar de WAP aqui no Brasil. Gente, por favor, WAP morreu, faz tempo. É engraçado ver gente que nunca fez WAP, nunca escreveu um WML, nunca sequer acessou um site WAP, encher a boca e falar de WAP como se algo que “vai revolucionar” seja lá o que for.

Que fique claro: WAP, pessoal, é um protocolo próprio de transmissão de dados para dispositivos móveis, que já existe há um bocado de tempo. WAP não deu certo, não porque era caro de se usar, ou não foram feitos investimentos adequados em conteúdo, ou porque não suportava imagens e multimídia. WAP morreu porque não era web. Porque você não poderia acessar o conteúdo aqui do Tableless, a não ser que alguém se desse ao trabalho de produzir uma versão WAP do conteúdo. Não poderia também ler seus e-mails, os blogs de seus amigos, as notícias do seu portal predileto. Não poderia pesquisar e acessar as bilhões de páginas que o Google indexou. E seria demais esperar que esse conteúdo fosse todo convertido para um novo formato.

Este é o ponto chave dos padrões web. Ao fazer direito, seu site pode ser acessado em qualquer dispositivo. É por isso que fizemos tanto estardalhaço a respeito do Opera Mini. Em seu celular que só acessava WAP, para o qual você praticamente não tinha conteúdo disponível, agora se torna capaz de acessar a web de verdade. Basta que tenha suporte razoável a Java e sua operadora ofereça o serviço de acesso à web.

Agora você pode ler seus e-mails, acessar conteúdo de verdade, ler os blogs de seus amigos e de seus inimigos e até fazer um [curso da Visie][12] no celular. Agora sim, já temos conteúdo, podemos falar sobre disponibilidade de conexão, banda e preço.

Ah, sim, nada do que eu disse nesse post é novo. O Henrique tem falado sobre microformats há um bocado de tempo, e já recomendamos seu blog aqui algumas vezes ao falar sobre o assunto. Já morte do WAP, essa é beeem mais velha. Mas resolvi escrever tudo de novo porque ainda tem muita gente confusa por aí, principalmente jornalistas 😉

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