Não sou artista, sou designer

Hello World, eu sou cristianoweb, e esse é o meu 1º artigo no Tableless! Olá amigos leitores, esse será um texto de estreia! Para começar, nada melhor do que eu me apresentar, certo? Meu nome é Cristiano Santos, mais conhecido na Internet como cristianoweb e trabalho com criação desde 2001. Na época eu era designer

Hello World, eu sou cristianoweb, e esse é o meu 1º artigo no Tableless! Olá amigos leitores, esse será um texto de estreia!

Para começar, nada melhor do que eu me apresentar, certo? Meu nome é Cristiano Santos, mais conhecido na Internet como cristianoweb e trabalho com criação desde 2001. Na época eu era designer gráfico e diagramador no setor de criação de uma grande escola/curso aqui do Rio de Janeiro. Trabalhei nessa função por 5 anos e depois fui promovido à supervisor de criação, quando resolvi sair para me lançar como designer web freelancer em 2008.

Desde que eu sou moleque, eu sempre quis ser desenhista. Meu pai é desenhista projetista de elevadores e lá em casa nunca faltou lápis e papel. Sim, meu pai desenhava elevadores “na mão”, pois ainda não existia Autocad na época. Apesar dos nossos estilos de desenho serem totalmente diferentes, certamente ver o meu pai na sua mesa no quarto dos fundos da nossa casa, influenciou quem eu viria a ser anos mais tarde.

O velho virava noite para entregar projetos da sua empresa e isso claramente me chamou atenção. Mas antes de eu conseguir trabalhar com criação eu já fiz de tudo um pouco sem ser desenhar. Fui vendedor de sapatos e roupas masculinas, promotor de brinquedos e alimentos e até operador de telemarketing. Toda essa experiência me deu bagagem para o meu trabalho hoje!

Verdade!

Trabalhar diretamente com o público me deu uma enorme flexibilidade para tantos comportamentos e opiniões diferentes. No comércio, quanto mais você entende as pessoas, maior a chance de você vender. Não bastava conhecer bem um produto, era preciso conhecer as pessoas! E conversar com os meus clientes, saber das suas necessidades, ouvir os seus desejos, suas inspirações, sempre me ajudou a vender mais.

Mas o que isso tem a ver com criação?

Tudo!

Trabalhar com criação é mais do que saber sobre cores, formas, grids, ícones, texturas ou fontes. Ser criativo é saber focar nas pessoas. É entender as necessidades das pessoas, mesmo que elas próprias não saibam ainda.

Quando o Diego Eis me convidou para escrever no Tableless, eu pensei muito na minha editoria. Além da honra de estar num dos sites que influenciaram a minha carreira quando eu decidi trabalhar como designer web, há também a responsabilidade de falar para o público que está acostumado a grandes debates por aqui. Então decidi que meus artigos serão pautados no foco do usuário. Não só na questão das interfaces, mas também em tudo que influencia ANTES de criarmos os layouts. Todo o universo que rege os profissionais de criação e desenvolvimento e que nos faz tomar um caminho ou outro na criação.

Como meta, deixo aqui uma frase que eu sempre uso antes de começar todos os projetos:

Não sou artista, sou designer.

Falo isso para estar sempre focado no usuário que entrará no site que eu criei em conjunto com outros profissionais. O site não é meu, é desse usuário. É preciso deixar o ego de lado da prancheta de trabalho e focar nas pessoas como diz Steve Krug no seu livro “Não me faça pensar“.

Devemos criar sites úteis, e ao pensar dessa forma chegamos à conclusão de que isso não é uma decisão individual. Criar sites focado no usuário é preciso um esforço de vários tipos de profissionais e aqui é o ponto que eu gostaria de chegar nesse artigo.

A coautoria é fundamental.

Como eu costumo dizer: “o desenvolvedor é um criativo, um redator web é um criativo, um arquiteto de informação é um criativo, não só o designer web“. Precisamos nos unir para criarmos uma boa experiência de usuário. Somos pessoas criando sites para pessoas. Nada melhor que um time multidisciplinar integrado e com muita sinergia para criar interfaces realmente úteis.

Não sou dono do site

Nem sempre as pessoas usam o site do jeito que projetamos. Por mais testes que se façam (e é sempre recomendável essa prática), sempre existirá um ou vários usuários que pensarão num jeito completamente diferente de acessar o seu site. Steve Krug diz que “usuários gostam de escolhas impensadas“, portanto, estejam preparados para abrir mão de ótimas soluções caso os usuários pensem de forma contrária a sua. Basta ver o comportamento estranho das pessoas usando o campo de comentário do Facebook fazendo uma menção apenas marcando o nome de um amigo sem NENHUM texto, em vez de clicar no link “compartilhar” para enviar uma mensagem.

Há nesse caso um erro na interface? Não, claro que não! Mas é preciso estar preparado para abrir mão de certas convenções por conta dos usuários. Além disso, sugiro que você guarde também um espaço para a coautoria de criação do seu cliente. Afinal, é ele quem paga o projeto e todos nós estamos sujeitos à essas concessões.

E para finalizar, deixo a célebre frase de Fernando Pessoa para inserir um pensamento simples e ao mesmo tempo forte, impactante e que ela nos represente em todos os nossos projetos:

Sê plural como o Universo.

Até o próximo artigo.

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