Dias atrás fiz a leitura do livro do Dionatan
Moura chamado Mantra da
Produtividade
e as próximas linhas deste texto reference ao que pude absorver na primeira
leitura deste pequeno livro cheio de técnicas, dicas e exemplos.
O primeiro susto que talvez alguns levem é que produtividade não é
simplesmente entrega de tarefas a rodo, mas sim, entrega das tarefas certas
em tempo hábil, não permitindo deixar-se levar pela Sindrome do Estudante ou
pela Lei da Parkinson. Vejamos.
A Sindrome do Estudante, para quem não conhece é o evento em que deixa-se tudo
para se fazer no último intervalo de tempo possível. Como estudantes, deixamos
para estudar a prova no último dia antes da aplicação da mesma. Isso acontece
bastante e poderíamos dizer que todo mundo já passou por essa.
A Lei de Parkinson, define que uma tarefa ou atividade qualquer toma todo o
tempo dísponivel para ser feita até seu último dia de prazo. A atividade por
mais que leve dois dias para ser feita, levará uma semana caso esse seja o prazo
dado para esta. É isso.
As tarefas certas, por outro lado, não são as mais urgentes a serem feitas. É
até um pouco confuso de se pensar isso em uma primeira vez. A urgência não
define prioridade e o inverso também não acontece. Claro, pode acontecer de uma
atividade ser urgente e ter alta prioridade.
Prioridade geralmente é definida com base no ROI (Retorno sobre investimento)
da atividade. Quando mais valor a atividade tem, com mais prioridade esta se
apresenta. Deveria ser assim, não é?
Além de muitas discussões sobre técnicas como Pomodoro, Flowtime e Chunking que
visam um melhor controle sobre o tempo e foco em uma atividade, o livro
apresenta também diversas outras técnicas e práticas para gerenciamento de
atividades como Kanban e Backlog de Tarefas.
O livro também aborta técnicas para visualização visual do progresso das
atividades e indica ferramentas tanto para o gerenciamento do tempo quanto para
o de atividades.
Um tópico interessante é o de **Gestão de Energia. **Geralmente não vejo muito
falar sobre este ponto, principalmente no mundo de desenvolvimento de software.
Em gestão de energia vemos como o dormir é importante, assim como ter uma boa
alimentação e como a meditação pode ajudar para que possamos gerir melhor a
energia afim de centra-la no foco.
Um ambiente bem organizado e com uma decoração interessante também permite que
um estado de empolgação maior durante a execução das tarefas. Já imaginou estar
sendado um dia inteiro, desenvolvendo algum projeto em uma mesa suja e cheia de
objetos que distraem a atenção? Provavelmente não teríamos muita atenção para a
atividade. Esse também é um dos assuntos abordados no livro.
Em sua finalização, o livro tem um capitulo que cobre a gestão dos hábitos. Em
resumo, uma tarefa que se repete várias vezes se transforma em um hábito durante
o tempo. Práticas produtivas podem ser transformadas em hábitos e assim
começamos a faze-las no modo automático, onde não a perda de energia. No mínimo
essa é uma visão interessante.
Em resumo, admito ter gostado bastente do livro, apesar de achar que este não
tem um foco específico, que pode ser bom para uns, para outros não. Algumas
vezes o uso da palavra produtividade chega a ser abusada e até confusa em alguns
pontos.
O livro apesar de ser bem genérico em relação aos exemplos dados, aborta o foco
como ponto principal da produtividade apesar de relacionar este com outros
conceitos.
O ponto de ser genérico é positivo por que o livro destina-se a mostrar e
exemplificar práticas produtivas em qualquer contexto. Trabalho, estudos e
atividades no geral.
O livro ainda conta com um grande número de tópicos que poderiam ser explicitos
aqui, mas não o fiz para que o texto não ficasse muito longo. Este é um pequeno
resumo. Indico a leitura, não passa de 220 páginas e você pode encontra-lo
aqui.