Continuous Integration & Delivery no Gitlab

De todas as ferramentas que trabalhei, o gitlab-ci é uma das mais simples. Basta incluir um arquivo chamado .gitlab-ci.yml na raiz do repositório. Com isso, ao ter um commit ou deploy, o GitLab vai executar as tarefas descritas na sua configuração, abaixo vou explicar como configurar esse arquivo. Pipeline No GitLab uma pipeline é um
Continuous Integration & Delivery no Gitlab

De todas as ferramentas que trabalhei, o gitlab-ci é uma das mais simples. Basta incluir um arquivo chamado .gitlab-ci.yml na raiz do repositório. Com isso, ao ter um commit ou deploy, o GitLab vai executar as tarefas descritas na sua configuração, abaixo vou explicar como configurar esse arquivo.

Pipeline

No GitLab uma pipeline é um conjunto de tarefas e procedimentos a serem executados quando tiver alguma alteração no repositório, sejam eles, rodar o gulp, atualizar uma imagem docker, limpar cache, fazer upload no seu bucket s3, qualquer coisa :)

Jobs

Job é cada tarefa dentro da pipeline, essas tarefas podem ser dependentes umas das outras e chamadas quando faz um push, via schedules, manuais e etc. Basicamente é um container que o GitLab sobe executando uma sequência de comandos.

Runner

Um Runner é o host onde o GitLab sobe as imagens da sua pipeline, ele já tem vários runners compartilhados de graça, mas pode incluir/registrar o seu particular.
Ex:

job1:
  script: "execute-script-for-job1"

job2:
  script: "execute-script-for-job2"

Neste exemplo, sempre que houver um push, a pipeline vai conter essas duas jobs, simples né?

Ainda sobre jobs, podemos ter tarefas que não aparecem na pipeline, conhecidas como hidden jobs. Basta colocar um ponto no nome.
Ex:

.job1:
  script: "tarefa oculta"

job2:
  script: "execute-script-for-job2"

Nesse exemplo, o job1 não será mostrado na pipeline. (mais adiante vocês vão entender como isso ajuda nossa vida)

As Anchors é outro item importante das tarefas, elas são modelos de tarefas que servem como uma espécie de templates, com isso, evitar re-escrita de código.

.job1: &modelo1
  key:value

job2:
	<<: *modelo1
  script: "execute-script-for-job2"

No exemplo acima a tarefa 2 vai herdar as configurações da tarefa que tem a âncora modelo1.

Por último, temos os stages. Stages são uma forma para controlar a sequência que as tarefas serão executadas. Ex:

stages:
  - test
  - deploy
  
job1:
  stage: build
  script: "primeiro-comando"

job2:
  stage: test
  script: "comando-depois-do-primeiro"

No exemplo acima, as tarefas serão executadas consecutivamente. Porém, se não houver a definição de stages, as tarefas entram em paralelo. Isso torna-se ruim, pois o deploy pode terminar antes dos testes serem executados.

Após entender estes conceitos, podemos entrar nos detalhes sobre a criação de uma tarefa no GitLab:

script

Nessa configuração vão os comandos que precisam ser executados em cada tarefa. Ex:

tarefa:
  script:
    - echo "hello!" 

before_script and after_script

Comandos que você precisa rodar antes ou depois do script: Ex:

before_script:
  - global before script

job:
  before_script:
    - execute this instead of global before job
  script:
    - my command
  after_script:
    - execute this after my script

image

O mesmo conceito da chamada de um container:

tarefa:
  image: ruby:2.1
  script:
    - test1 project  

Neste exemplo, vai iniciar um container com base na imagem ruby e rodar o comando test1 project. Isso é muito comum nas pipelines, pois normalmente você deve iniciar o PHP e gerar alguma coisa. Após sobe o NodeJS e roda o gulp, cada tarefa pode receber uma imagem diferente.

only and except

Nessa configuração controlamos quando a tarefa vai rodar, se é só quando fizermos commit no master, ou via schedules, ou manual e etc. Ex:

job:
  # use special keywords
  except:
    - schedules 

Existem várias opções. Porém, não entraremos em detalhes, vale a pena olhar a documentação oficial do GitLab, você pode fazer muita coisa com isso :)

allow_failure

Em uma papeline linear, uma tarefa só será executada se a anterior tiver tido sucesso. Essa configuração faz com que uma tarefa com falha não pare toda a pipeline. É utilizado no caso de crowlers, pois cada job tem um timeout padrão de 1h.

environment

Durante o desenvolvimento de um projeto é comum termos várias etapas, este atributo é responsável por fazer esse controle, podemos indicar vários ambientes em estágios diferentes, incluindo um para cada commit por ex.

embiente:
  stage: deploy
  script: git push production HEAD:master
  environment:
    name: production
	url: https://prod.example.com

Cache

Esta opção é utilizada para definir arquivos ou diretórios compartilhados entre os jobs.

job:
  script: test
  cache:
    paths:
      - binaries/*.apk
      - .config

Retry

Definimos número de tentativas do GitLab ao tentar executar um job:

test:
  script: rspec
  retry: 2

Parallel

Podemos executar até 50 instâncias do job em paralelo:

test:
  script: rspec
  parallel: 5

Artifacts

Utilizado para definir uma lista de arquivos ou diretórios que serão vinculados ao Job. Essa lista é diferente do “cache”, nesse atributo o job precisa terminar com status sucess (normalmente utilizamos para definir arquivos de logs).

default-job:
  script:
    - mvn test -U
  except:
    - tags

release-job:
  script:
    - mvn package -U
  artifacts:
    paths:
      - target/*.log
  only:
    - tags

Conclusão

Automatizar deploy é praticamente uma obrigação em tempos de entregas constantes, o GitLab nos fornece uma ferramenta simples de configurar e com todos os recursos necessários para qualquer infra, recomendo lerem a documentação completa em: https://docs.gitlab.com/ee/ci/yaml/
OBS:
Para completar ainda tem o plano free com runners compartilhados que atendem bem até projetos grandes :)

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