Acabei de ler o artigo “Acessibilidade Web: 7 mitos e um equívoco” escrito pela Lêda Spelta do AcessoDigital. Um artigo que só quem entende profundamente o tema, poderia escrever com tanta clareza.
Mesmo assim, quero fortalecer o que ela disse no artigo e enfatizar mais o que já venho dizendo aqui.
No artigo a Lêda fala sobre aqueles mitos (desculpinhas esfarrapadas, em vez de mitos, na minha opinião) que profissionais sem conhecimento básico e falta de curiosidade, sempre dizem quando ouvem a palavra acessibilidade.
Já disse isso aqui e em algumas palestras: damos uma série de desculpas para não ter trabalho demais, principalmente quando achamos que fazer um site acessível dá um trabalho terrível e não tráz retorno algum. Sempre deixamos para segundo plano ou para a próxima atualização do site. Acontece que esse é um assunto que simplesmente não pode ser procrastinado como geralmente fazemos.
Acessibilidade é coisa séria e grande engano se você acha que o trabalho de acessibilidade destinam-se apenas para cegos ou para pessoas com qualquer deficiência visual. Ela envolve uma série de grupos de usuário, e cada grupo com tem sua particularidade.
Infelizmente ainda estamos deixando em segundo plano essa tal de acessibilidade… Na maioria das vezes um simples “alt” faz a diferença. E ainda assim, pode servir como desculpa para não fazer um trabalho mais rebuscado.
O desenvolvedor coloca os alts nas imagens, um link para pular direto para o conteúdo, um menu acessível e acha que o trabalho de acessibilidade está terminado. Embora essas coisas ajudem muito, o trabalho não é completo. Embora seja uma iniciativa interessante.
No último mito que a Lêda descreve – que na verdade não é mito, mas sim, um conceito pré formado pela maioria dos profissionais – é a seguinte: “Meu site é direcionado a um público específico; ele não interessa a todos os grupos de usuários.”
Ela dá pelo menos 4 exemplos matadores sobre esse pensamento tacanho.
Se você vai fazer um site que vende monitores, você pode pensar não precisa fazer um site para cegos porque, afinal de contas, um monitor pode não fazer muita diferença para alguém que não enxerga. Mas e se esse alguém tiver um filho designer ou fotógrafo? Ele não pode entrar o seu site para escolher um monitor de presente para o filho?