As ações do Facebook caíram drasticamente depois que o ex-presidente Donald Trump fez um discurso retórico em duas ocasiões distintas sobre a empresa de tecnologia americana.
O fundador Mark Zuckerberg também foi pego diretamente no fogo cruzado, com Trump escrevendo no Truth Social: “Se você se livrar do TikTok, o Facebook e Zuckerschmuck dobrarão seus negócios. Não quero que o Facebook, que trapaceou nas últimas eleições, se saia melhor. Eles são um verdadeiro inimigo do povo.”
O 45º presidente dos EUA então foi ao ‘Squawk Box’ da CNBC e criticou ainda mais o Facebook ao falar sobre um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Representantes para regulamentar o concorrente TikTok. Ele disse: “Não pretendo fazer o Facebook dobrar de tamanho…
“E acho que o Facebook tem sido muito desonesto. Acho que o Facebook tem sido muito ruim para o nosso país, especialmente quando se trata de eleições.”
Tanto no dia da postagem nas redes sociais quanto após a entrevista, as ações da Meta, controladora do Facebook, caíram.
Meta registrou o menor valor de fechamento desde julho passado, informou a Forbes. As ações caíram cerca de 4,5%, para pouco menos de US$ 484, na segunda-feira, após o artigo da CNBC.
As ações caíram 1,2 por cento depois que a postagem nas redes sociais foi ao ar na sexta-feira anterior.
Na terça-feira, 12 de março, Donald Trump mais uma vez acessou o site Truth Social para compartilhar o link de um artigo de notícias com o título ‘As ações da Meta caem duas vezes depois que Trump chama o Facebook de ‘um inimigo do povo’.
O que Donald Trump pensa do TikTok
Muitos dos comentários contundentes de Donald Trump contra o Facebook foram então direcionados para dar apoio ao aplicativo de vídeo TikTok.
Isso ocorre depois que o Comitê de Energia e Comércio da Câmara votou por unanimidade para promover uma legislação que forçaria a ByteDance, empresa-mãe da TikTok, a alienar a propriedade do aplicativo.
A razão para isso é que a ByteDance é uma empresa chinesa, o que tem gerado medo entre os americanos quanto à segurança dos dados dos usuários.
Embora Trump agora pareça ser a favor do aplicativo que conquistou o mundo, nem sempre foi assim. Em agosto de 2020, quando ainda era presidente, ele disse que pretendia banir o TikTok e até assinou uma ordem executiva proibindo empresas norte-americanas de fazer transações com a ByteDance.
