Formulários e o Metawebdesign – Parte 1

O front-end é uma profissão de uma amplitude imensa. Temos profissionais montando mockups/PSDs, especialistas em acessibilidade, usabilidade, arquitetura da informação, integração com aplicações, designers de interface, application developers. Tem até SEO. O background do profissional neste momento não importa muito, apenas a afirmação que ele está trabalhando na camada de front-end. Só isso basta para

O front-end é uma profissão de uma amplitude imensa. Temos profissionais montando mockups/PSDs, especialistas em acessibilidade, usabilidade, arquitetura da informação, integração com aplicações, designers de interface, application developers. Tem até SEO.

O background do profissional neste momento não importa muito, apenas a afirmação que ele está trabalhando na camada de front-end. Só isso basta para confirmar os papéis acima.

Em muitas empresas o front-end é trabalhado de maneira criteriosa, com separação de tarefas em maior ou menor intensidade, de modo que o processo esteja sempre azeitado e atento aos prazos dos outros times que dependem da interface. Em algumas outras, o responsável pelo código é o unico responsável por fazer tudo isso acima. E isso acontece com frequência.

É o famigerado exército-de-um-homem-só, que em um projeto normalmente é responsável por:

  • **Pesquisa: **Fornece dados e insights para o desenvolvimento de todo o projeto – sobre o usuário, suas características, hábitos e necessidades. Apesar de orientada a um projeto específico, essa pesquisa também deve ser constante, oferecendo atualização e embasamento para a criação de novas experiências.
  • Arquitetura da informação: Organização de informação, entendendo o modelo mental do usuário, para que ele se reflita também no produto final.
  • **Design da interação: **Desenhar a interação de forma que ela seja consistente, fácil e auto-explicativa. Entende ros requisitos de usabilidade criados na fase de pesquisa e dominar os padrões de interação que a aplicação deve ter, além de saber lidar com a multiplicidade de devices e plataformas onde a interação ocorre.
  • **Design Visual: **Balanceando beleza e comunicação, domina tanto a direção de arte do produto que está sendo desenvolvido quanto o acabamento final dos pequenos detalhes da interface.
  • **Redação: **Expressar as ideias, simples ou complexas que o cliente passou para o desenvolvedor em palavras simples e que sejam facilmente entendidas pelos usuários do produto. Este conteúdo vem do cliente, mas não é difícil acontecer  do desenvolvedor ser responsável por criar algum conteúdo, seja transformando a linguagem do cliente dentro de um contexto web, deixando-a mais dinâmica e convidativa a leitura, seja pequenos conteúdos que devem ditar padrões visuais para interações do usuário.
  • **Prototipagem:  Criação da UI. Isso serve tanto para o estágio inicial do projeto (com protótipos de papel, de baixa fidelidade) quanto para o estágio que precede o desenvolvimento, onde o produto já está mais amadurecido e mais próximo do final. Esta etapa pode ser a da criação das páginas em si, uma vez que os modelos de conceito e interação estão prontos e o design está criado ( sites tipicamente estáticos ou de menor porte ) ou pode ser a fase da criação dos protótipos que devem ir para a integração depois (back-end).

**

  • Gerenciamento: Garantir o funcionamento de todas as áreas de entrega da melhor e mais produtiva maneira possivel. E ainda ser o ponto focal com cliente e usuário, quando necessário.

Em um departamento multidisciplinar de UX, no melhor dos mundos, temos atribuições diferentes para diferentes profissionais. Muitas vezes, isso não acontece. Outros casos, não raros, a empresa não está interessada na matéria, ou apenas não tem profissionais que atuam nesta área que se preocupam com o código (e design) que entregam. Vai saber. Em empresas com atribuções de projeto mais estruturadas um departamento de UX conversa claramente com outros áreas, como Arquitetura, DBA, Requisitos, Integração, Testes e Gerência.

No FrontInBH, conversando com os desenvolvedores no final do evento, e também em conversas com devs de todos os cantos, é fácil perceber que empresas com equipes de desenvolvimento reduzidas (SMB, agências, pequenos portais) mantém um ou dois especialistas que acabam fazendo todo o serviço. E estes profissionais acabam por andar entre duas profissões distintas: Designer de Interação e Interfaces ou o Desenvolvedor web.

Vale lembrar que estas duas profissões tem backgrounds muito diferentes. Enquanto os designers lidam com abstraçãodevs costumam lidar com aobjetividade do código. Disciplinas que vão de Teoria de Cores à Orientação a objetos fazem parte do background destes profissionais, porém é com muito trabalho que são desenvolvidos as especialidades, devido a matérias tão antagônicas.

Essa diferença de backgrounds acaba por oferecer barreiras que fazem com que o desenvolvimento e a integração das disciplinas seja muito difícil. E com isso temos profissionais que desenham interfaces e interações lindas, mas que não podem funcionar sob conceitos de acessibilidade, ou ainda websites perfeitamente acessíves e fluídos, mas que não tem um design tão impactante.

Diante deste cenário tenho trabalhado para desenvolver um conceito que chamo de Metawebdesign. A proposta é justamente encurtar estes espaços, sem incomodar profissões importantíssimas e já consolidadas, mas que por razões diversas em algumas vezes acabam por ser a mesma coisa no organograma de uma empresa.

Meu primeiro e segundo artigos sobre o assunto vão falar sobre formulários. Muito já foi falado, e não quero repetir o que já sabemos. Porém é importante mostrar como conceitos de design da interação, arquitetura da informação e código são usados para criar aplicações que oferecem uma experiência inesquecível para o usuário. Estes dois posts iniciais sobre o assunto se transformam em um toolkit muito útil aonde você poderá com a parte 1 e 2 escolher usando conceitos de design os melhores elementos de controle e depois entender como codificá-los de acordo com os padrões do W3C, mantendo usabilidade e acessibilidade.

Cedo ou tarde, a aplicação que você esta criando vai precisar perguntar (ou pedir) ao usuário algum tipo de informação. E sob o ponto de vista do usuário, nesse momento a credibilidade de seu design de interação e código estarão em jogo, pois complexidade e simplicidade aqui separam o céu e o inferno.

Todos sabem como usar alguns elementos de controle como input texts, checkboxes, radio e dropdowns – e isso não somos nós desenvolvedores de aplicações web. Isso é consenso, domínio público: um status quo que todo usuário de computador aprendeu a identificar e saber operar. Mesmo novos usuários entendem estes elementos com uma rapidez impressionante. O problema é como agrupar todos eles em torno de um bem comum – o bem sucedido submit. Afinal de contas, fazer um formulário é simples, basta colocar um bando de informações ordenadas de maneira racional, colocá-las na página com alguma ordenação top-bottom e é isso, correto?

Para começarmos a conversa, isso é o que os usuários esperam.

De acordo com o w3c, um formulário HTML (form) é uma seção do documento HTML que pode conter informação estática, elementos de controle (os mesmos mecionados acima e alguns outros que vamos falar aqui) e labels que referenciam estes controles semanticamente. Tudo isso para permitir que o usuário possa responder (ou preencher) uma série de perguntas que a sua aplicação precisa para prosseguir com o fluxo. E o usuário interage com tudo isso alterando elementos de controle.

Bons e maus exemplos:

Bons exemplos de formulário são fáceis: você mesmo deve conhecer vários; são aqueles que você usa diariamente sem gastar muito tempo ou que não entediam durante seu preenchimento. Maus exemplos são fáceis e estão por todos os cantos da internet, não é difícil encontrar um (na verdade não precisamos nem procurar). Só que não é ético questionar o trabalho de ninguém sem saber as variáveis que levaram aquela implementação. Sendo assim, olha que “bonito” esse formulário que está no site da Apple como exemplo de um mau form.

Antes de entrarmos de cabeça nos elementos e como formulários devem ser criados, precisamos entender alguns principios básicos de um design de form:

Form Design – O básico:

Por isso é importante montar o formulário e se certificar que todas as possibilidades de interação do usuário com os elementos da tela estão garantidas:

  • preenchimento de campos;
  • clique/toque em botões e objetos de tela;
  • entrada de dados validados para atender requisitos de design da aplicação;
  • condições especiais de uso e interação do form.

Isso nos dá evidência empírica do que funciona e o que nao funciona em sua aplicação, além de claramente indicar o caminho a seguir no caso de identificar um problema.

  • Os usuários tendem a associar o tamanho e forma física dos campos a o que eles imaginam que seja o que estamos perguntando. Só depois desta associação é que os usuários lêem o que o label de um campo está pedindo.
  • Uma única radio button vai ser algo ditatorial pois sugere a existência de pelo menos duas opções na tela.
  • Após você estar acostumado com o processo de compra de sua loja online e seu formulário, automaticamente você irá suavizar sua atenção por não ser uma tarefa nova e sim uma repetição (e daí entendemos o porque a estrada para para erramos um formulário que preenchemos “todo dia” é tão curta)

Escolhendo elementos de controle

Quando estamos montando o design do nosso form temos que nos ater a algumas situações que impactam diretamente todo o formulário:

Elementos de controle de Formulários

Para fazer o design de uma tela de formulário, precisamos de elementos de controle. No jargão do HTML, seriam elementos HTML, que nada mais é que o conteúdo que está dentro de uma tag, podendo inclusive ter outros elementos filho caso seja do interesse. Dito isso, fica muito mais fácil entender como o design trabalha com elementos de controle. Após escolher seus elementos na tabela abaixo, tudo que você precisa é codificá-los seguindo os padrões que já conhecemos.

Montar uma tela de formulário não é complicado. Estamos acostumados a fazer isso todos os dias. Porém existem mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar a nossa vã filosofia. O tópico acima mostra algumas variáveis que as vezes podem passar desapercebido e podem ajudar – e muito na hora de montar o design da sua tela. Você consegue se imaginar trabalhando orientado ao Responsive Webdesign sem utilizar os conceitos básicos mostrados acima? Pode parecer óbvio, mas é importante manter isso em mente ao utilizar a tabela abaixo:

Elementos de controle em um formulário são divididos em:


  

Tipo de interação

Elementos aceitáveis

Prós

Contras


  Escolhas binárias



  Checkbox



  Simples e pouco espaço utilizado na tela



  Checkbox podem ser usadas para múltiplas escolhas, coisa que usuários já estão acostumados ao visualizá-las. Isso pode levar ao erro, uma vez que é necessário entender que este checkbox único compreende uma escolha sim/não


  Escolhas binárias



  Radio button



  Duas opções visíveis. Fácil entendimento do usuário



  Espaço de tela usado maior que checkboxes únicas


  Escolhas binárias



  Dropdown



  Duas opções visíveis. Pouco espaço utilizado na tela. Permite expansão para múltiplas opções facilmente utilizando pouco espaço da tela



  Apenas uma opção é visualizada por vez. Requer alguma destreza no uso de formulários. Pode oferecer desafios de acessibilidade a pessoas com deficiência ou que preferem navegação pelo teclado.


  Escolhas binárias



  Toggle Buttons Iconográficos



  Mesmos prós do checkbox, desde que a opção seja mostrada como ícone visual



  Mesmos contras o checkbox, além do fato que não é uma opção padrão para seleção de texto como checkboxes.


  Escolhas binárias



  Menu com Radio button



  Espaço mínimo utilizado na tela uma vez que o menu é encontrado em barras ocultas de menu ou lightboxes.



  Requer muita destreza para encontrá-los e utilizá-los. Necessitam de indicações para que sejam fáceis de ser encontrados em uma tela.


  Escolha 1 de N para poucas opções



  Radio button



  Todas as opções estão sempre disponíveis na tela.



  Utiliza um espaço considerável na tela.


  Escolha 1 de N para poucas opções



  Dropdown



  Pouco espaço utilizado na tela.



  Enquanto o menu nao está expandido, mostra apenas uma das opções. Novamente requer alguma destreza para operá-lo e pode tambem oferecer desafios de acessibilidade.


  Escolha 1 de N para poucas opções



  Toggle Buttons Iconográficos



  Pouco espaço utilizado na tela. Todas as opções estão visíveis na tela.



  Os ícones podem precisar de tooltips para descrição, uma vez que a imagem pode não ser de fácil entendimento para todos os usuários.


  Escolha 1 de N para poucas opções



  Menu com Radio button



  Espaço mínimo utilizado na tela uma vez que o menu é encontrado em barras ocultas de menu ou lightboxes.



  Requer muita destreza para encontrá-los e utilizá-los. Necessitam de indicações para que sejam fáceis de ser encontrados em uma tela.


  Escolha 1 de N para poucas opções



  Listbox



  Muitas opções podem ser visíveis. O frame de seleção pode ser reduzido para até 3 items, permitindo scroll



  Espaço de tela usado maior que dropdowns ou spinners. Necessita aplicação de padrões de seleção, permitindo seleção única apenas.


  Escolha 1 de N para poucas opções



  Spinner



  Pouco espaço utilizado na tela.



  Apenas uma opção é visualizada por vez. Requer muita destreza no uso de formulários e conhecimento deste elemento, pouco utilizado até o lançamento dos novos input types no HTML5. Pode oferecer desafios de acessibilidade a pessoas com deficiência, que preferem navegação pelo teclado ou ainda usuários com ponteiros (mouse) já que a área de clique é mínima.


  Escolha 1 de N para muitas opções



  Dropdown



  Pouco espaço utilizado na tela.



  Apenas uma opção é visualizada por vez. Requer muita destreza no uso de formulários. Pode oferecer desafios de acessibilidade a pessoas com deficiência, que preferem navegação pelo teclado ou ainda usuários com ponteiros (mouse) já que a área de scroll é mínima.


  Escolha 1 de N para muitas opções



  Listbox



  Muitas opções podem ser visíveis. O frame de seleção pode ser reduzido para alguns items de modo a ganhar espaço (permitindo scroll)



  Espaço de tela usado maior que dropdowns. Necessita aplicação de padrões de seleção, permitindo seleção única apenas.


  Escolha 1 de N para muitas opções



  Treeview



  Muitas opções visíveis inicialmente, pode oferecer facilidades na cognição já que seus items estarão categorizados por níveis ou tipos (pastas)



  Grande espaço utilizado na tela. Requer muita destreza no uso de formulários.


  Escolha N de N para muitas opções



  Array de checkboxes



  Todas as opções estão sempre disponíveis na tela.



  Grande espaço utilizado na tela.


  Escolha N de N para muitas opções



  Array de Toggle Buttons Iconográficos



  Pouco espaço utilizado na tela. Todas as opções estão visíveis na tela.



  Os ícones podem precisar de tooltips para descrição, uma vez que a imagem pode não ser de fácil entendimento para todos os usuários.


  Escolha N de N para muitas opções



  Menus com Checkboxes



  Espaço mínimo utilizado na tela uma vez que o menu é encontrado em barras ocultas de menu ou lightboxes.



  Requer muita destreza para encontrá-los e utilizá-los. Necessitam de indicações para que sejam fáceis de ser encontrados em uma tela.


  Escolha N de N para muitas opções



  Listbox



  Muitas opções podem ser visíveis. O frame de seleção pode ser reduzido para alguns items de modo a ganhar espaço (permitindo scroll)



  Todas as opções não estão disponíveis na tela, requerendo scroll. Usuário precisa de indicações de que a caixa permite múltiplas seleções. Requer muita destreza no uso de formulários. Pode oferecer desafios de acessibilidade.


  Escolha N de N para muitas opções



  Treeview



  Muitas opções visíveis inicialmente, pode oferecer facilidades na cognição já que seus items estarão categorizados por níveis ou tipos (pastas)



  Grande espaço utilizado na tela. Requer muita destreza no uso de formulários.


  Escolha N de N para muitas opções



  Listbuilder



  Items selecionados são de fácil visualização. Pode permitir fácil expansão para escolha e ordenação de items. Lida facilmente com grandes listas.



  Grande espaço utilizado na tela. Funciona bem para grandes listas com poucas seleções. Muitas seleções oferecem dificuldades na visualização.


  Criando listas não ordenadas



  Caixa com botão de adição/novo



  Ação de adicionar registro é visível e óbvia para o usuário



  Grande espaço utilizado na tela. Visualmente bagunçado quando usuário insere muitos items.


  Criando listas não ordenadas



  Caixa com edição in-place



  Menor uso de tela. A adição é feita in-place, dentro da caixa



  Ação de adição não é tão óbvia quanto a caixa com botão de adição


  Criando listas não ordenadas



  Caixa com edição drag-n-drop



  Visualmente elegante e de fácil entendimento, uma vez que arrastar é uma ação intuitiva



  Necessita de indicações que mostram que na caixa existe uma área de arrastar.


  Criando listas ordenadas



  Caixa com botões acima/abaixo para ordenação



  Ações de rearranjo sempre visíveis na página.



  Grande espaço utilizado na tela.


  Criando listas ordenadas



  Caixa com drag-n-drop de items



  Visualmente elegante e de fácil entendimento, uma vez que arrastar é uma ação intuitiva



  Necessita de indicações que mostram que na caixa existe uma área de arrastar.


  Inputs para uma linha de texto



  Textbox



  —



  —


  Múltiplas linhas de texto não formatado



  Textarea



  —



  —


  Múltiplas linhas de texto formatado



  Textarea que permite tags inline



  Usuários avançados podem evitar o uso da toolbar inputando as tags diretamente



  Não é realmente um editor WYSIWYG


  Múltiplas linhas de texto formatado



  Editor Rich text



  Texto inputado já serve de preview.



  Nao permite edição apenas pelo teclado. É necessário o uso da toolbar para adicionar as tags necessárias.


  Números com qualquer tipo de formato



  Textbox com máscaras



  Visualmente elegante e permite qualquer tipo/formato de tipos de dado



  Requer validação no back-end.


  Números com qualquer tipo de formato



  Textbox estruturado e com máscaras



  Formato dos dados é explícito, facilitando preenchimento e entendimento do usuário



  Pode requerer grande espaço na tela. Também não permite inputs diferentes dos previstos, mesmo que o usuário deseje isso.


  Números com qualquer tipo de formato



  Spinner



  Permite input sem o uso de teclado caso deseje o usuário



  Apenas uma opção é visualizada por vez. Requer muita destreza no uso de formulários e conhecimento deste elemento, pouco utilizado até o lançamento dos novos input types no HTML5. Pode oferecer desafios de acessibilidade a pessoas com deficiência, que preferem navegação pelo teclado ou ainda usuários com ponteiros (mouse) já que a área de clique é mínima.


  Números dentro de um limite pre-definido



  Slider



  Metáfora óbvia, valor é mostrado de acordo com a posição do marcador. Usuário não pode inputar números fora deste range



  Pode requerer grande espaço na tela. Labels muito grandes podem se transformar em um problema também


  Números dentro de um limite pre-definido



  Spinner



  Pouco espaço utilizado na tela, permite inputs direto pelo teclado e tambem via clique



  Não é familiar para todos os usuários. Pode oferecer desafios de acessibilidade a pessoas com deficiência, que preferem navegação pelo teclado ou ainda usuários com ponteiros (mouse) já que a área de clique é mínima. Requer validação no back-end.


  Números dentro de um limite pre-definido



  Textbox com validação pós-input



  Familiar ao usuário, pouco espaço utilizado na tela, acesso via teclado.



  Requer validação no back-end. Range não é visível para o usuário, requer indicações dos limites para input.


  Números dentro de um limite pre-definido



  Slider com textbox



  Permite inputs visuais(slide) e numéricos(input manual)



  Complexo, requer validação dos inputs no textbox.


  Criando um subrange dentro de um range maior



  Slider duplo



  Menor uso de tela quando comparado com 2 sliders.



  Não é familiar para a maioria dos usuários. Problemas graves de acessibilidade porque não permite inputs via teclado.


  Criando um subrange dentro de um range maior



  2 Sliders



  Utilização mais fácil que um slider duplo.



  Grande espaço utilizado na tela. Problemas graves de acessibilidade porque não permite acesso via teclado.


  Criando um subrange dentro de um range maior



  2 Spinners



  Pouco espaço utilizado na tela, permite inputs direto pelo teclado e tambem via clique



  Não é familiar para todos os usuários. Requer validação no back-end. Não permite visualização do range maior.


  Criando um subrange dentro de um range maior



  Textbox com validação pós-input



  Familiar para o usuário, ocupa menos espaço que sliders



  Requer validação e é necessário informar o range de alguma maneira para o usuário.


  —



  Textbox com máscaras



  Visualmente simples, permite amplo range de formatos. Permite acesso via teclado



  Requer validação back-end. Pode causar confusão no formato data/hora por não haver indicações explicitas.


  —



  Textbox estruturado e com máscaras



  Formato dos dados é explícito, facilitando preenchimento e entendimento do usuário



  Pode requerer grande espaço na tela. Também não permite inputs diferentes dos previstos, mesmo que o usuário deseje isso.


  —



  Datepicker



  Metáfora óbvia, calendário é exibido e a seleção do valor faz o input



  Grande espaço utilizado na tela. Pode oferecer problemas de acessibilidade caso não se permita acesso via teclado.

  • Seleções binárias: sim/não, ativo/inativo, etc;
  • Escolha de UM item para N com poucas e muitas opções;
  • Escolha de N items para N com poucas e muitas opções;
  • Listas não-ordenadas;
  • Listas ordenadas.
  • uma linha de texto;
  • múltiplas linhas de texto não formatados e formatados
  • com qualquer formato;
  • dentro de um range (limite);
  • subrange (sublimite);

Use a tabela acima para escolher os melhores elementos de tela de acordo com sua necessidade. Você perceberá que as opções cobrem todas as necessidades atuais, alinhadas ao HTML5.

Padrões para Elementos de Controle

Os elementos de controle acima necessitam de padrões de funcionamento. Estes padrões mostram:

Alguns elementos de controle possuem requisitos de funcionamento que já estão aplicados ao elemento em si (spinners ou datepickers já possuem seu comportamento nativo no elemento graças ao HTML5). Outros necessitam de programação no back-end, seja para validação, seja para a criação de ranges, seja para outras necessidades específicas. Quanto mais versátil o elemento, maior a possibilidade de usá-los. Um bom exemplo seriam input type=”text” que com frequência possuem funcionalidades específicas, alem de aceitar qualquer coisa textual.

  • Máscaras:

Máscaras permitem texto em qualquer formato ou sintaxe, fazendo com que o input do usuário seja interpretado de maneira inteligente, a medida que é digitado no campo.

Máscaras são usadas quando sua interface necessita de dados que usuários podem inputar usando qualquer tipo específico de conteúdo, porém não possuem a obrigação de conhecer estes formatos automaticamente:

  • Formato estruturado:

Estruturar um campo de input significa quebrar um campo em vários outros, de modo a facilitar o entendimento do que é esperado que o usuário faça. Um bom exemplo seria quebrar um campo único de CEP por exemplo em dois campos, um para os primeiros 5 números, e outro campo para os 3 restantes. Outros exemplos podem ser mencionados: números de telefone, numeros de cartão de crédito (cartões AMEX tem um numero de caracteres diferente de cartões VISA por exemplo).

  • Fill-in-the-blanks: Combine um ou mais campos de modo a permitir que o usuário possa categorizar o que está inputando, facilitando a ação do usuário. Um bom exemplo seria um formulário de pesquisa em uma loja virtual:

Usar esta abordagem faz com que a interface seja auto-explicável. Ajuda ao usuário entender o que está acontecendo e o que foi pedido para ele.

  • Dicas no input: As dicas no input são importantes para fornecer um guideline ao usuário de como ele deve inputar valores dentro de um campo. O exemplo abaixo, retirado de um form do site dos correios para rastreamento de objetos ilustra bem isso.
  • Placeholder no input: O placeholder é um texto adicionado dentro do input e que automaticamente desaparece quando o usuário posiciona o cursor da tela dentro do campo. Um bom exemplo pode ser visto no form de busca das páginas do portal globo.com.
  • Auto complete: O nome é auto-explicativo. A medida que o usuário vai digitando caracteres, os termos são auto-completados, fazendo com que o input seja mais rápido caso o resultado esteja disponível no índice usado. Veja o form de search no site do google.com.br
  • Dropdown chooser: Dropdowns podem ser usadas para acomodar seleções que podem utilizar um grande espaço na tela quando expandidas, porém não tem a necessidade direta de deixar todas as opções disponíveis (que usualmente são muitas). Um bom exemplo é a dropdown de seleção de cores no Google Docs.
  • Seleção ilustrada: Em alguns casos descrever a opção não é suficiente. É necessário ilustrá-la com uma imagem para facilitar a seleção do usuário. Um bom exemplo é esta dropdown de seleção de papel de parede disponível no site do livro Designing with Progressive Enhancement.
  • List Builder: Quando você precisa criar uma lista de items oriundos de uma outra lista, o listbuilder é o padrão ideal a ser usado. Duas textareas e programação fazem com que valores possam ser adicionados ou removidos, além de também poderem ser ordenados facilmente. Veja este exemplo de listbuilder para a configuração de uma toolbar:
  • Mensagens de erro:

    Quando o usuário faz algo correto ele recebe um feedback de sucesso, informando que o formulario foi submetido sem problemas. Mas também é necessário informar de maneira clara quando algo dá errado. Mensagens de erro podem ser customizadas de modo a evitar deixar o usuário “no escuro” quando algum erro acontece. Campos obrigatórios precisam de validação (agora mais simples com o atributo required presente no HTML5), mas podem acontecer outros erros que necessitam de feedback claro para indicar quais os próximos passos a seguir.

Você pode usar o poster abaixo como referência para criar suas interfaces. Clique na imagem para vê-la em uma maior resolução.

Na próxima semana, com a Parte 2, a abstração dá o lugar ao código para saber como montar os items que você selecionou para montar seus formulários, transformando os dois posts em um toolkit para o dia-a-dia. Namastê!

Referências

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *