Este artigo faz parte de uma pesquisa que fiz para o novo livro. Estou com o tempo bastante curto para diagramá-lo de forma adequada para um artigo, por isso ele pode parecer sem pé nem cabeça. 😉
A guerra entre os Padrões Web e tecnologias como o Flash começou de verdade.
Desde o momento que as possibilidades do HTML5 e CSS3 foram publicadas, um pequeno burburinho entre os desenvolvedores sobre uma possível concorrência entre os Padrões e tecnologias como o Flash começou a rolar. Alguns desenvolvedores descrentes começaram a acreditar no poder das novas tecnologias para desenvolvimento web e novamente o HTML e o CSS tiveram a grande atenção de empresas e desenvolvedores.
Mesmo assim existem pontos que precisam ser esclarecidos. Muitos estão fazendo uma confusão com significados, objetivos e as reais soluções que essas novas tecnologias proporcionam:
- O HTML5 sozinho não faz nada além de dar significado à informação. Com ele, o CSS 3 e o Javascript completam o pacote para que todas essas mudanças que andamos lendo faça sentido de verdade. Mesmo com a midia fazendo um alarde muito grande em cima do HTML 5, uma boa parte das mágicas deve-se ao poder do CSS 3.
Contudo o HTML5 está sendo totalmente reformulado para que haja mais integração entre o trio HTML, CSS e Javascript.
- Os browsers são independentes, mas trabalham todos juntos em pról dos Padrões Web. Embora cada um deles tenham interesses financeiros óbvios, todos eles sabem que a única maneira de estar à frente do concorrente é andar lado à lado com os Padrões. O que basicamente diferencia um browser do outro são os serviços agregados, velocidade e facilidade de uso. Dificilmente um browser ganhará mercado se ele for super ultra compatível com os padrões. A não ser que a massa de usuários saiba o que isso signifiqueo ou que haja uma campanha muito forte, partindos dos desenvolvedores e empresas interessadas para evangelizar e educar os usuários finais.
- Se você não começar a forçar o desenvolvimento da sua empresa para que os projetos sejam desenvolvidos focando browsers atuais, seu projeto pode ficar obsoleto em pouco espaço de tempo. Daqui pra frente o mercado vai ficar cada vez mais dinâmico. Conforme os browsers vão se atualizando e o W3C libera novos padrões, você, seu cliente e seu projeto podem ficar para atrás. Por isso é interessante haver principios de Graceful Degradation nos projetos para que usuários de browsers mais atuais se beneficiem de um visual mais bem acabado, velocidade de carregamento da página e tecnologia atual. Entenda que eu não estou dizendo para criar projetos para um browser específico, mas limitar características visuais e funcionais de browsers mais antigos.
O HTML foi criado por uma necessidade de compartilhar, interligar e portar informação. Logo, o HTML precisa ser uma linguagem que possa ser lida por qualquer meio de acesso.
O HTML 5 modifica a forma com que damos significado para a informação na web. Você está acostumado a escrever código para criar elementos que são renderizados pelo browser e lidos por diversos meios de acesso. Estes elementos tem seus respectivos significados. Para manipular estes elementos, você utiliza Javascript para controlar o CSS que formata as características deste objeto. Por mais que bibliotecas como JQuery sejam ótimas, a maneira que manipulamos o comportamento dos elementos não é a melhor. Existem diversas necessidades que não são resolvidas de uma maneira fácil ou que simplesmente não há solução. Além do HTML 5 renovar a forma com que atribuímos significado, ele nos dá ferramentas para facilitar a manipulação dos elementos.
Alguns desenvolvedores não entenderam as verdadeiras mudanças do HTML 5 e suas reais implicações sobre o desenvolvimento client-side. Saiba que o HTML 5 veio para estreitar as ligações entre o HTML, o CSS e o Javascript. Todos eles trabalharão mais integrados a partir de agora. Se acostume para ver pencas de código Javascript por aí. Isso é por conta das famosas APIs que o HTML 5 está trazendo.