Nós quebramos a web

Depois das grandes evoluções que tivemos na web (HTML5, CSS3 e novas APIs JavaScript), junto vieram alguns problemas, aquela história de “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. As novas features da Open Web são fantásticas. Lembro-me bem quando nós eramos cautelosos no usar certos recursos com medo de não conseguir entregar o conteúdo ao usuário.

Depois das grandes evoluções que tivemos na web (HTML5, CSS3 e novas APIs JavaScript), junto vieram alguns problemas, aquela história de “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. As novas features da Open Web são fantásticas. Lembro-me bem quando nós eramos cautelosos no usar certos recursos com medo de não conseguir entregar o conteúdo ao usuário. No fim, surgiram (e surgem) polyfills e n maneiras de darmos fallback ao usuário com menos recursos. Sendo assim, conseguimos entregar um conteúdo rico para usuários com recursos modernos, e o conteúdo com uma experiência mais simples à usuários com recursos simples.

Tudo perfeito? Na teoria sim, na prática não.

Ao menos tente aplicar Progressive Enhancement

Em poucas palavras, Progressive Enhancement é uma maneira de desenvolver aplicações de forma a suportar browser antigos, conexões lentar, etc. Se você não sabe o que é esse termo, vá atrás porque passou da hora. (Recomendo esse post do @diegoeis sobre o assunto: Fault Tolerance: a base do Progressive Enhancement)

Há pouco tempo eu era um hater de aplicações e frameworks que não davam suporte ao PE (Progressive Enhancement) ou dificultavam esse tipo de abordagem. Mas o extremismo nunca é saudável. Em um comentário que fiz em um tweet do @danielfilho, ele respondeu algo que me fez mudar de opinião:

É isso! Nem todo mundo tem uma internet rápida ou o último release do navegador mais moderno. A ideia da web sempre foi ser inclusiva e entregar o conteúdo a todos. Mas por que não fizemos isso? Por que estamos usando o HTML só pra carregar uma tag ? Ao menos tente aplicar Progressive Enhancement. Tudo depende de onde sua aplicação irá rodar, quem serão os usuários dela, mas se estiver na “web pública”, considere (muito) o PE.

A web é acessível

A web em sua forma mais simples é acessível. Veja esse exemplo no Codepen, só usei Normalize e HTML.

Contraste perfeito. Links legíveis. Botões que parecem botões. Um leitor de tela provavelmente se daria bem lendo o conteúdo dessa página, mesmo sem uma extensão com WAI-ARAI. Um usuário provavelmente interpretaria rápido a informação com elementos expressados dessa forma.

Mas se a web na sua forma mais crua é acessível, por que desenvolvedores fazem isso?

Todos tem a resposta para a pergunta acima na ponta da língua: desenvolvedores fazem isso pelo hype de usar novas tecnologias, mas esquecem de atender todos os usuários, quebrando a web.

Estamos seguindo o embalo das novas tecnologias deixando de lado o mais básico que um desenvolvedor web deve saber, que consiste em aprender protocolos, algoritimos, HTML, CSS e JavaScript. Apenas com esses caras já conseguimos entregar o conteúdo com uma experiência bacana ao usuário.

Estude padrões.

Frameworks, bibliotecas e pré-processadores são fantásticos, mas primeiro vamos fazer o que a web se propôs a fazer desde seu início: ser inclusiva.

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