E-mail Newsletter Responsivo

Design Responsivo Um assunto que ganhou muita evidência este ano no mundo do design digital é o desenvolvimento de sites responsivos. O termo, emprestado da arquitetura, surgiu em um post do blog A List Apart. Em resumo, são técnicas de design e CSS que, visando a usabilidade e a acessibilidade do conteúdo, fazem com que

Design Responsivo

Um assunto que ganhou muita evidência este ano no mundo do design digital é o desenvolvimento de sites responsivos. O termo, emprestado da arquitetura, surgiu em um post do blog A List Apart. Em resumo, são técnicas de design e CSS que, visando a usabilidade e a acessibilidade do conteúdo, fazem com que um site se adapte ao dispositivo do usuário. Parece mágico, mas na verdade é uma combinação de folhas de estilo engenhosas, matemática e um pouco de bom senso. O design responsivo utiliza elementos como o tipo de midia, resolução da tela, largura do viewport, densidade de pixels e medidas relativas para garantir uma melhor experiência de navegação independente do dispositivo que o usuário está utilizando. Design responsivo é design sustentavel e universal.

Se você for procurar na internet, encontrará discussões bem calorosas sobre o que é melhor: fazer uma versão mobile ou design responsivo. Mas o foco deste artigo não é levantar esta discussão, mas sim dar um passo além com o desenvolvimento responsivo e mostrar que ele não é limitado apenas a sites. Algumas técnicas podem ser aplicadas a newsletters e tornar o seu e-mail newsletter mais atrativo para dispositivos móveis. E impressionar o seu chefe, cliente e / ou mãe

Este post pressupõe que você já conheça o básico sobre o assunto. Mas não se desespere, pequeno Padawan. Para quem não sabe nada sobre o tema existem diversos artigos interessantes aqui no próprio Tableless ou você pode ainda conferir aqui, aqui e aqui a série de textos escritos por mim para o BlogUp.

As vezes é preciso sujar as mãos

Fazer um e-mail newsletter usando HTML é montar um código de maneira antiga, usando técnicas ultrapassadas e não muito semânticas. Isso porque muitos leitores de e-mail não lêem corretamente alguns parâmetros de CSS, ou seja, a recomendação aqui é realmente cometer algumas heresias como colocar estilos direto no HTML e utilizar (argh) tabelas para dados não tabulares.

Para montar um projeto de e-mail newsletter responsivo nós continuaremos desenvolvendo o código desta maneira antiga, infelizmente.

A parte divertida é que diversos dispositivos mobile aceitam Media Queries e interpretam o CSS de uma maneira bem mais lógica. E isso nos permite criar estilos mais avançados usando o !important no CSS para sobrepor os parâmetros de estilo que determinamos no HTML. Ou seja, dá para aplicar aqui o principio de progressive enhancement.

É claro que não são todos os programas e dispositivos que aceitam Media Queries e parâmetros de CSS mais atuais. Para estes dispositivos, o seu e-mail terá o mesmo layout determinado para desktops.

Veja abaixo a lista de dispositivos que aceitam Media Queries em seu leitor de e-mail padrão.

Aplicativos de leitura de emails nativos


  Suporta Media Querie?


  Sim


  Sim


  Não


  Sim


  Sim


  Sim


  Sim


  Sim


  Sim


  Sim


  Não


  Não


  Sim


  Não


  Sim

Aplicativos de leitura de email não nativos


  Suporta Media Querie


  Não


  Não


  Não

Algumas dicas práticas para o Layout

Para desenvolver, não apenas um template de e-mail em HTML, mas qualquer projeto de design responsivo é necessário ter em mente que o seu trabalho será acessado pelos mais diferentes tipos de usuário. Não existem apenas iPhones e iPads… Qualquer modelo de dispositivo móvel vendido atualmente, até o tablet chinês que meu sobrinho ganhou em seu aniversário de 6 anos, tem um leitor de e-mails. O ideal aqui é é englobar o maior número de dispositivos possíveis.

Para garantir uma boa user experience, precisamos levar em consideração alguns pontos:

Tamanho mínimo do texto

– Em muitos aplicativos de leitura de e-mail, como o do iPhone, o tamanho mínimo da fonte é de 13px. Isso significa que, se você utilizar um tamanho menor, ele irá converter o texto automaticamente para 13px.

Não faça algo menor que a ponta de um dedo

– Recomenda-se que para ícones clicáveis uma área mínima de 44×44 pixels. Este tamanho irá facilitar o usuário de acessar o item com o dedo sem clicar acidentalmente em outros ícones.

Medidas relativas sempre

– Prefira usar medidas em porcentagem para as larguras dos elementos. Isso pode garantir que ele seja acessível em dispositivos com a tela em tamanhos não previstos nos seus media queries.

Evite layouts em colunas

– Em se tratando de desktops, a largura recomendável de um e-mail template é 640px. Neste caso é possível dividir o layout em colunas pois o espaçamento e as margens de um leitor de e-mails em um computador são grandes o suficiente para uma leitura confortável. Já em um smartphone não é recomendável o uso de um layout com várias colunas pois o tamanho reduzido da tela contribui pra uma sensação claustrofóbica, fazendo os elementos parecerem aglomerados.

Crie uma experiência única

– Apesar da alta resolução da atual geração de smartphones, como é o caso do o iPhone 5 (568px em formato landscape), é interessante pensar em um design diferenciado, já que a experiência do usuário ao interagir com um layout muda completamente só pelo fato de estar em um dispositivo com tela sensível ao toque.

Go mobile

A maior parte dos clientes de e-mail para desktop não são adaptáveis para tamanhos de tela menores que 960px. Basta tentar redimensionar a janela do Gmail, por exemplo, para verificar que este é o último ponto de quebra disponível para computadores. Nosso foco aqui será, portanto, apenas os dispositivos móveis. Sendo assim, o media querie que utilizaremos é @media only screen and (max-device-width: [insira a largura maxima aqui]) . Isso fará com que as mudanças de layout sejam vistas apenas em dispositivos móveis.

Tudo é !important

Clientes de e-mail antigos não entendem CSS. Por isto é necessário determinar um conjunto de estilos básicos no próprio HTML. Nosso CSS ficará para os softwares e aplicativos mais modernos, capazes de entender media queries. Portanto não se esqueça da tag !important. para os estilos que você deseja sobrescrever.

Construindo o código

A principal regra no desenvolvimento de e-mails newsletter é a de sempre preferir aplicar os estilos diretamente no HTML de maneira inteligente visando a adaptação mais rápida dos elementos para uma largura menor no CSS.

Vamos começar pelo layout para desktops. Para a nossa demo vamos considerar uma tabela com uma largura de 640px, dividida em duas colunas com 320px cada. Para fazer o distanciamento dessas colunas vamos trabalhar com o parâmetro cellpadding. Uma outra opção seria o cellspacing, mas neste caso o espaço a mais entre as células da tabela faria com que ela ficasse maior do que 640px e desalinharia o layout. Já quando usamos cellpadding, o espaço é adicionado internamente nas células, sem aumentar o tamanho final da tabela.

Ainda pensando na versão desktop, para alinhar em duas colunas usaremos o aling=left diretamente na tabela. Isso equivaleria ao float:left do CSS. Mas, se aplicar o float:left você poderia ter problemas com alguns leitores de e-mails desktop, como o outlook 2007.

A estrutura basica do layout

Agora vamos ao CSS! Antes de tudo, nós vamos colocar os media queries no inicio do nosso código. Isso irá evitar algum acidente caso o leitor de e-mails da pessoa resolva ler seus media queries mesmo que você não queira. É raro, mas acontece… E, se acontecer, o código a seguir, que é o da versão desktop, irá sobrescrever o código do Media Querie evitando que carregue parâmetros específicos para o smartphone na versão desktop do site.

Para transformar o código acima, que é de duas colunas, em um código de uma coluna basta eu mandar a tabela principal, com 640px de largura, ficar com menos que isso. As colunas internas, que tem 320px cada irão se manter deste mesmo tamanho e “cair” uma para baixo da outra quando a tabela principal passar a ser menor. Não se esqueça de usar o !important para sobrepor os estilos do HTML.

O código ficaria assim:

Basta então alterar a largura das colunas para o valor desejado. Não se esquecendo, é claro, do valor do cellpading declarado.

Como, no caso de templates para e-mails, é bom evitar o uso de CSS, o ideal é determinamos a largura e altura de imagens na própria tag dentro das tabelas. Isso garante a visualização correta das figuras. Porém, quando redimensionarmos a tabela para dispositivos menores, é provável que imagens grandes desalinhem o layout.

Existem duas soluções para este problema. É possível utilizar o parâmetro display:none para a imagem maior e carregar a menor por background-image. O lado negativo aqui é que o usuário acaba realizando o download de duas imagens diferentes… A segunda solução é forçar a imagem a se redimensionar e utilizar o parâmetro !important para sobrescrever o tamanho original do arquivo, mas é necessário um cuidado aqui para manter a proporção correta e não distorcer a imagem.

Estamos colocando um background na TD de classe “header”, e mandando ele esconder a dentro desta

usando o display:none.

Veja o HTML:

Uma outra solução é trabalhar com imagens que fluem de acordo com o tamanho da célula utilizando o parâmetro background-size:cover. Esta solução não é compatível com browsers antigos.

Uma boa pratica é determinar o valor da largura em porcentagem. Se for fazer isso, não se esqueça de usar o !important e determinar a altura como automática, garantido que a imagem se redimensione corretamente.

Retina Display

Design responsivo não é apenas redimensionar alguns elementos do layout. A ideia principal aqui é criar uma experiência do usuário própria para cada tipo de mídia. Com o surgimento das telas de alta definição como a Retina Display da Apple, é interessante oferecer imagens com a qualidade superior. Para isto basta utilizar um media querie específico para dispositivos com maior densidade de pixels.

Considerações Finais e downloads de exemplos

Já faz tempo que a internet não está mais apenas nos computadores. Smartphones, tablets, televisores e videogames portáteis são dispositivos comuns no dia-a-dia dos usuários. E ler e-mails é uma das atividades mais corriqueiras. É bem difícil prever quais serão os tipos de midia do futuro, mas o fato é que não podemos mais considerar a web como algo restrito a uma caixinha com 1024 pixels de largura. Apresentar um layout adequado para cada tipo de mídia deixa de ser um luxo e passa a ser uma obrigação. A minha aposta é que com o tempo seja tão essencial como desenvolver códigos semânticos, por exemplo.

Da mesma forma que acontece com os browsers, a medida que os clientes de e-mail antigos passam a ser abandonados as opções de estilização ficam cada vez mais interessantes. A tendência é que as novas tecnologias leiam códigos cada vez mais complexos. É nossa responsabilidade, portanto, oferecer aos usuários sempre a melhor opção de usabilidade e acessibilidade. Em telas grandes e pequenas. Em sites e emails.

Entenda um pouco melhor sobre esse assunto com uma consultoria de marketing B2B.


Download de exemplo

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