Podemos dizer que existem três braços importantes nessa máquina que é o desenvolvimento web: W3C, browsers e desenvolvedores.
Vamos falar um pouco sobre os browsers.
Você conhece a história: o Mosaic virou Netscape, que participou da guerra dos browsers com o Intenet Explorer. E aí começaram os problemas.
A visão bonita (se tivesse alguma) que a Netscape e a Microsoft tinham sobre a web e seus browsers se perdeu em algum lugar do caminho percorrido para conquistar os desenvolvedores. Atualizações constantes, falta de suporte aos padrões, código proprietário e um monte de outras coisas dificultavam o desenvolvimento naquele tempo. Mesmo assim, o Internet Explorer ganhou a guerra. Missão cumprida. A obrigação de fazer um bom browser para todos (pelo menos essa era a idéia por trás) sumiu depois que a guerra acabou. Algumas versões do Internet Explorer foram lançadas mais pra frente com algumas atualizações no suporte aos padrões, mas nada muito substancial.
Os desenvolvedores sofriam com o Internet Explorer 5 e 5.5 porque ele não tinha um suporte decente de CSS. Depois foi lançado o IE6, com algumas atualizações e bugs resolvidos, mas seu suporte ainda era ruim. E o pior, o IE5 e o IE6 lideraram as duas primeiras colocações em termos de utilização de usuário. Se você é novo e acha que hoje é um inferno ter que pensar no IE6, você não gostaria de querer saber como era na época do IE5.
Hoje em dia, em vez de buscar controle os browsers estão passando por uma revolução silenciosa. Cada browser tem seu apelo e todas as equipes estão direcionadas e se esforçando para trazer browsers que suportem o máximo dos padrões e que tenham o máximo de facilidades para o usuário. Com esses novos browsers, o desenvolvimento com Padrões Web irá crescer muito mais rápido do que se imagina.
Contudo, ainda temos um bloqueio pela frente: o Internet Explorer 6.
O IE6 é um browser com tecnologia de 2001. Já se passaram 8 anos, e você sabe como a web mudou em todo esse tempo. Mas o Internet Explorer não ganhou nenhum tipo de atualização. Ele não suporta uma série de propriedades interessantes do CSS.
A idéia é que paremos de dar suporte ao IE6. Será fácil para alguns, mas para outros vai ser uma guerra interna. O IE6 ainda detém 35% da internet e não será fácil. Mesmo assim, já dá para você escolher os projetos que podem perder o suporte ao IE6.
O The Counter tem números interessantes de utilização do Internet Explorer e outros browsers. Dê uma olhada nestes números de Dezembro de 2008..
Diversos sites estão fazendo campanhas apoiando a descontinuação do Internet Explorer 6 e promovendo outros browsers como o Firefox, Opera, Safari e Internet Explorer 7. Isso não vai resolver o problema imediatamente, mas um primeiro passo deve ser dado.
Entretanto, se você quer parar de suportar o IE6 em seus projetos, faça um estudo de usuários para entender as estatísticas do seu site. Isso é muito importante para traçar uma estratégia inteligente de migração e que não tenha impacto nos projetos de seus clientes e nem nos novos sites.
Como tudo na web, a migração deve ser feita com paciência para projetos que envolvem a grande massa, como por exemplo os grandes portais. A decisão de simplesmente deixar de suportar um tipo de browser não é fácil para sites desse porte. Entretanto, nada impede de todos promoverem a mudança de browser. Se você conhece alguém que não sabe nem o que é browser, ensine, explique, instale um browser novo. Qualquer ajuda e atitude será bem vinda para melhorar a qualidade do desenvolvimento web. [alfinetada] Se você é desenvolvedor web e continua utilizando o IE: Shame on you. [/alfinetada]
As estatísticas dos últimos 30 dias do Tableless estão assim:
- 57% Firefox
- 22.9% IE7
- 9.4% IE6
- 5.6% Chrome
Campanhas que você pode apoiar: