Yarn: A evolução do NPM

Nos primórdios do desenvolvimento web e afins, trabalhar com bibliotecas era uma tarefa árdua. Lembro que tínhamos que pesquisar pela biblioteca, escolher uma versão, baixar o zip e implementar em nosso projeto. Não parece nada de outro mundo ao se tratar de pequenos projetos, mas quando estamos falando de projetos um pouco maiores, isso se torna um

Nos primórdios do desenvolvimento web e afins, trabalhar com bibliotecas era uma tarefa árdua. Lembro que tínhamos que pesquisar pela biblioteca, escolher uma versão, baixar o zip e implementar em nosso projeto. Não parece nada de outro mundo ao se tratar de pequenos projetos, mas quando estamos falando de projetos um pouco maiores, isso se torna um transtorno.  A coisa se torna ainda mais complicada quando há a dependência entre bibliotecas.

Nesse contexto, entram os gerenciadores de pacotes, que chegaram para revolucionar a maneira como lidamos com as dependências de nosso projetos. Um dos principais gerenciadores de pacotes é o NPM, que inicialmente visava abastecer apenas os desenvolvedores de NodeJS, mas acabou se tornando um hub comum de dependências Javascript em geral. O NPM hoje conta com mais de 300mil bibliotecas em seu repositório central, as quais alcançam cerca  5 bilhões de downloads por mês, e é a ferramenta de gerenciamento de pacotes mais popular do mundo.

Apesar de ser uma excelente ferramenta, o NPM nunca conseguiu agradar a todos, e são comuns as reclamações de lentidão, a falta de um instalador offline, instalações em fila, etc.

Yarn Package Manager

No dia 11 de outubro de 2016, o Facebook anunciou o seu novo gerenciador de pacotes para Javascript: o Yarn, que vem com a proposta de ser mais rápido, seguro e confiável que o NPM. O Yarn é open source, e nasceu com a colaboração, também, das empresas Exponent, Google, e Tilde.

O Yarn funciona exatamente como o NPM e o Bower, abrangendo, inclusive, as bibliotecas que estão presentes nestes gerenciadores. Uma das coisas mais interessantes, além da rapidez, é a possibilidade de instalação de pacotes offline. Quando você instala um pacote, ele cria um cache em sua máquina que possibilita a futura instalação deste sem precisar estar conectado à internet.

Instalando o Yarn

Para a instalação, você pode baixar no site oficial, mas também pode utilizar outro gerenciador, como o NPM (confesso que parece irônico, como quando utilizávamos o Internet Explorer para baixar o Chrome).

Utilizando o Yarn

Inicialização

A utilização do Yarn é bastante semelhante com a do NPM. Para inicializar basta digitar, na linha de comando:

Este comando irá gerar um arquivo package.json

O gerenciamento dos pacotes pode ser feito diretamente no package.json, ou pela linha de comando.

Adicionando uma dependência

Fazendo update

Desfazendo as coisas

Instalando as dependências

ou

Outras funcionalidades

Lock file

Além do package.json, o Yarn cria, na pasta raíz do projeto, um arquivo yarn.lock, que trata de listar as bibliotecas “originais” do projeto, um sistema bem semelhante ao do composer.

Fazendo uma limpeza

Outro recurso interessante é o mecanismo de limpeza de dependências, ao executar o comando:

O Yarn vasculha as dependências e verifica tudo aquilo que não está sendo utilizado e exporta para um arquivo .yarnclean. Caso você tenha este arquivo em sua pasta raíz, quando executar o yarn install, ele vai instalar as dependências de forma mais limpa.

Self-update

Para atualizar o Yarn, basta digitar no console:

ou, caso queira especificar a versão:

Futuro

Em todos os testes realizados, o Yarn se mostrou um gerenciador de pacotes bastante robusto e completo. De fato, o Yarn é extremamente rápido. Estou utilizando-o há cerca de uma semana, e, sinceramente, não penso em voltar a utilizar o NPM.

A sua equipe de desenvolvimento está incentivando todos a migrarem e contribuirem na sua página do github, afinal todos só temos a ganhar com esta nova e excelente ferramenta.

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