An Event Apart Boston 2014

Eu fui para Boston (agradecimentos à Locaweb) no início da semana para acompanhar o An Event Apart Boston. Para quem não manja, o An Event Apart é um dos maiores e melhores eventos sobre front-end e web design que existem atualmente. Quem faz o evento? Simplesmente o Jeffrey Zeldman e o Eric Meyer. Se você

Eu fui para Boston (agradecimentos à Locaweb) no início da semana para acompanhar o An Event Apart Boston. Para quem não manja, o An Event Apart é um dos maiores e melhores eventos sobre front-end e web design que existem atualmente. Quem faz o evento? Simplesmente o Jeffrey Zeldman e o Eric Meyer. Se você não conhece qualquer um dos dois, sinta-se envergonhado. 😉

An Event Apart is an intensely educational two-day learning session for passionate practitioners of standards-based web design. If you care about code as well as content, usability as well as design, An Event Apart is the conference you’ve been waiting for.

O evento

Um dos melhores e mais organizados eventos que já fui. Todos os dias do evento eles servem café da manhã, aquele bem americano, com linguiça, ovos mexidos, bacon e o escambal. Eles também servem almoço, logo, você não precisa ficar saindo do local do evento para procurar comida.

A internet, como sempre, um lixo. Não importa onde você esteja, não importa quem você seja, a internet em eventos sempre vai te deixar na mão. Mas eu até entendo o problema. São muitas pessoas, muitas mesmo. Imagine umas 1000 pessoas com 2 ou 3 aparelhos pendurados cada uma… não há roteador que aguente.

Palestrantes

Uma seleção bem interessante. Muitos deles eu já acompanho lendo seus blogs e artigos, mas vários deles conheci aqui no evento, por exemplo o Daniel Mall.

A lista dos palestrantes pode ser vista direto aqui.

Gostei bastante das palestras do primeiro dia, onde foram palestrantes que mostraram cases de como resolveram problemas reais em projetos diários. Nada de blá blá blá de coisas que eles nunca fizeram ou algo que eles nunca presenciaram. Por exemplo, a palestra da Sarah Parmenter foi sobre como produzir para web tendo como base principal os dados gerados pelos visitantes. Ela usou um case, muito interessante, de um salão de beleza chamado BlushBar, na inglaterra. Nesse projeto ela não só alavancou as vendas, mas estabeleceu uma comunidade em volta do estúdio, mantendo o fluxo de clientes sempre alto e reforçando a presença online do salão. O segredo? Simples: ela estudou os dados que o site e as redes sociais geravam, depois, calmamente, montou uma estratégia para cada um dos meios, nunca deixando de mensurar os resultados. “Pô, Diego, mas isso a gente faz.” O ponto é que ninguém faz levando em consideração TODOS os dados como ela fez.

Claro, a palestra do Luke Wroblewski foi uma das que eu mais gostei. Mesmo que eu já tenha lido tudo o que ele escreve, as ideias que ele trouxe foram bem mais completas, mostrando o ponto de vista que ele tem sobre desenvolvimento multi-device. Em sua palestra, ele contextualizou todo o cenário que estamos vivendo hoje com a necessidade de desenvolver websites e produtos para diferentes tamanhos de telas e principalmente como o usuário se comporta ao utilizar nossos produtos nessas telas. Um dos pontos que ele destacou é que: pensar apenas nas telas como ponto focal para fazer bons websites adaptáveis é algo perigoso. Existem outros pontos importantes que você precisa prestar atenção: como interação entre dispositivos diferentes, formas de utilização do dispositivo etc, controle por voz, distância do usuário e o dispositivo etc.

Palestras

Uma das melhores seleções que já vi. Em um único lugar você ouve sobre design, front-end, processos e futuro do mercado. Todos os pontos são cobertos e é aí que você percebe a diferença entre o mercado brasileiro e o mercado da gringolandia: o ponto de vista.

Aqui ainda temos pessoas que não sabem o que a sigla RWD significa. Lá eles estão discutindo como preencher o gap entre os dispositivos, por exemplo, como controlar ou sincronizar o comportamento do usuário entre os dispositivos? Ele começa comprando no desktop, mas termina no mobile. Como se mede isso? Como prevemos esse comportamento? Como padronizamos as interações entre os dispositivos?

São pensamentos assim que precisamos ter mais aqui dentro. Hoje, ainda temos medo de fazer um input de password visível, que dirá discutir como nossos sistemas funcionarão em além do celular.

Não vou publicar as anotações que fiz das palestras porque estão bem incompletas. Eu preferi prestar mais atenção nos caras do que fazer anotações extensas de todos eles. Mas fiz duas anotações completas abaixo:

Nem adianta, não posso passar os slides, eles são bem explícitos quanto compartilhar as palestras sem que você tenha ido no evento.

Se você tiver oportunidade, assista o An Event Apart. Vale a pena.

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