Dicas valiosas para sua carreira de Dev (ou de T.I.)

Então você é aquele cara aficcionado por tecnologia e está cursando ou já cursou sistemas da informação, análise de sistemas, engenharia da computação ou qualquer outro dos 1300 nomes de cursos que essa área deve ter. Você se depara com um mundo de oportunidades: desenvolvimento, segurança, banco de dados, suporte, etc. Em um belo momento

Então você é aquele cara aficcionado por tecnologia e está cursando ou já cursou sistemas da informação, análise de sistemas, engenharia da computação ou qualquer outro dos 1300 nomes de cursos que essa área deve ter. Você se depara com um mundo de oportunidades: desenvolvimento, segurança, banco de dados, suporte, etc.

Em um belo momento da sua jornada você se pergunta “E aí? O que eu quero pra minha carreira?”.

A ideia deste post é compartilhar algumas dicas para você fazer isso e não ser tão afetado toda vez que você decidir mudar o rumo de sua carreira. Afinal de contas, a mudança faz parte de nossa vida, não há como dizer se vamos ou não vamos fazer a mesma coisa pro resto da vida, certo?

Vamos falar um pouco das carreiras de T.I. antes de entrarmos na área de desenvolvimento.

Sabemos que a área de T.I é muito vasta e promissora. Sendo assim, quando estamos na faculdade não faltam oportunidades para você ganhar acima da média, seja você um Help Desk ou um Analista de Segurança da Informação. O problema é que muitas pessoas acabam aceitando muitas coisas apenas por inércia e esquecem que sempre reavaliar o que elas querem pra vida delas.

Além disso, existem algumas modalidades em que podemos ‘jogar o jogo’. Podemos abrir uma empresa, ser PJ, viver de frellas, ‘puxar’ placa de vídeo do Paraguai, comprar iPhones em Miami e etc. Ou seja, não ganha dinheiro em T.I quem não estiver afim.

Eu mesmo já passei por quase todos os momentos acima e vários cargos dentro de T.I. e em um belo momento parei na área de Dev. Ainda assim, sempre surge aquela pergunta “E aí? O que eu quero pra minha carreira?”. O fato é que para qualquer conselheiro de carreiras essa pergunta deve ser respondida para um longo prazo, ou seja, ela deveria ser “Aonde eu quero estar daqui a 20 anos e o que eu quero estar fazendo?”

Fácil né? Ainda mais em uma área onde o que você aprendeu hoje certamente já está fora de moda mês que vem. Não se iluda dizendo que quer estar na praia tomando todas, a não ser que você tenha realmente tudo planejado até lá. A maioria de nós não sabe nem o quer fazer mês que vem.

Trazendo um pouco para área de desenvolvimento, podemos focar em tantas coisas: Front-end, Back-end, full stack, dev ops, testing, PM, performance, mobile, UX e etc. Isso sem mencionar as milhões de APIs e linguagem que vemos por aí.

Nós desenvolvedores já podemos nos deparar com algumas mudanças drásticas em nossas carreiras, como simplesmente não querer mais lidar com o front-end e começar a gostar de back-end, ou simplesmente uma mudança de linguagem. O problema é: Se eu sou em desenvolvedor senior em front, eu vou ser um desenvolvedor senior em back? Qualquer recrutador de qualquer empresa vai dizer que não. Ou seja, você provavelmente será rebaixado de cargo e se salário com uma mudança dessa.

Então aí vão algumas dicas para minimizar o impacto dessas mudanças e planejar melhor seu futuro como desenvolvedor.

1. Invista em coisas duradouras, não apenas em tecnologias ou linguagens.

Sabe aquele curso de inglês que você tá ‘embarrigando’ a anos? Acredito que eu não precise dizer o quão importante isso é para sua carreira. Conheço muitas empresas que contratam pessoas que sabem inglês e preferem formar essa pessoa na área técnica, do que contratar alguém experiente que ainda não se deu ao trabalho de aprender inglês. Lembrando que inglês de leitura não é inglês, estou falando de inglês fluente, inglês de não ter medo de se comunicar. Isso é essencial para você que quer uma carreira promissora em empresas grandes e empresas de nível internacional. Lembre-se que se você está em um processo para entrar em uma empresa internacional e existe um canadense, um europeu, um indiano e um australiano no processo, você já pode se considerar o 5o da fila, pois todos esses países falam inglês nativamente.

Qual o feedback sobre seus soft skills?

Você sabe o que são soft skills? São as habilidades (ou desabilidades) que não aprendemos na ‘escola’, ou seja, nossas atitudes comportamentais. Você é muito preguiçoso no inicio do dia? Você é muito introspectivo? Você é perfeccionista? Você é teimoso? Você não sabe se impor? Você não consegue discutir sem se esquentar? Você é ansioso?

Tudo isso tem cura amigos, basta correr atrás. Existem cursos e coaching de carreira pra isso.

Ao investir nos seus soft skills você não está mais dependendo de tecnologia e está agregando valor a longo prazo em sua carreira e em qualidade de vida. Isso requer também uma boa dose de humildade para reconhecer que somos assim e tomarmos uma atitude em relação a isso.

2. Formalização
No último tópico, mencionei que saber inglês fluente é essencial para que você consiga empregos melhores. Um outro fator fundamental para que você conquiste seu espaço no mercado de trabalho é possuir um CNPJ. Além da carreira CLT, profissionais da nossa área podem ainda escolher atuar como freelancer prestando serviço de forma autônoma para uma ou mais empresas e, neste caso, é importante que você regulamente a sua atividade, pois além de transmitir maior credibilidade em relação às suas entregas como profissional, você pagará menos impostos do que atuando como pessoa física. É muito comum que as empresas optem contratar desenvolvedores e programadores para freelas e, acredite, a preferência é daqueles que já atuam como pessoa jurídica.

Mesmo assim, não se preocupe em começar a entender esta parte burocrática. Você pode e deve buscar o auxílio de um contador que te direcionará para o melhor caminho e se responsabilizará por todos os processos. Além disso, hoje é possível abrir empresa online de forma prática, como a Contabilizei oferece, por exemplo.

3. Mistura de conhecimentos

Você ama alguma linguagem promissora e não faz outra coisa a não ser isso?

É hora de rever algumas coisas, seja sempre curioso em relação a coisas novas e aprender pelo menos o básico de outras coisas. Sendo assim, você nunca vai começar do zero, além do fato de que você poderá contar com um leque maior de conhecimentos para o seu dia a dia e não viverá fechado em um casulo.

4. O balanço entre planejamento e ação.

Não há como planejarmos passo a passo os próximos 20 anos de nossa carreira, portanto é bom trabalharmos com algumas possibilidades de carreira e também quebrar isso em passos menores. Aqui temos conteúdo suficiente para um novo post sobre planejamento de carreira. A dica principal é não planejar demais e também não se perder no dia a dia. Devemos sempre saber como o dia de hoje está afetando nossos planos para o nossas metas futuras.

5. Atitude na maioria dos casos supera o conhecimento

Falo isso por experiência própria. A algum tempo sai da área de segurança da informação para ir para área de desenvolvimento, mas não voltei a estaca zero, muito pelo contrário.

“Então você saiu de uma área e foi pra outra que você não manjava nada?” Sim (praticamente)!

Acredito que nossas habilidades técnicas sejam apenas para definir o nosso nicho de carreira. O mercado de hoje preza pelas qualidades não técnicas acima das técnicas. Para mim programação é programação, não importa a linguagem. De que adianta ter um mega especialista em Ruby que é arrogante? Mesmo que ele receba um salário de estagiário pelo trabalho de especialista, ninguém gosta de trabalhar com pessoas arrogantes.

Quando fiz essa mudança deixei claro para todos que:

  1. Eu não era o melhor programador do mundo
  2. Mas eu sabia programar
  3. Deixei claro quem eu era e como eu trabalhava

Isso reforça que uma mudança que aparentemente é drástica em nossa carreira pode ser superada facilmente, também foi o suficiente para concluírem que não importava o buraco que eu estivesse eu daria meus pulos pra sair de lá.

Fechamos a conclusão de que os nossos soft skills são extremamente importantes, pois eles definem a forma como lidamos com as pessoas no nosso dia a dia e ao contrário da tecnologia, eles não se perdem. Nós da área de T.I temos a mania de ser metódicos, nerds, egocêntricos e colocarmos a tecnologia a frente das pessoas. Basta uma mudança nessa ‘chave’ para que possamos agregar mais com atitudes em relação as outras pessoas do que simplesmente aprender uma linguagem nova.

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